sábado, março 20, 2010

UM SÓ SEMANÁRIO, EXCERTOS DA PÁTRIA HOJE

excertos, hoje, de um só jornal de referência sobre a realidade
portuguesa
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*As energias renováveis vão ultrapassar, em 2013, a electricidade fóssil.
*Máfia italiana opera no Algarve.
*O já famoso call-center de António Preto, fiel de Ferreira, ressuscitou, agora com Preto na sombra e jovens actores pagos para obter apoios para Rangel. O candidato diz que não sabia, mas acha «irrelevante» o facto de sereItálicom actores.

*Socialistas criticam o PEC e até no governo surgiram as primeiras divisões.

*A maior e mais real ameaça à liberdade de imprensa é o tipo de jornalismo que hoje se faz e que é ditado, primeiro que tudo, pela necessidade de vender informação e conquistar audiências a qualquer preço. (M. Sousa Tavares)
*Os ordenados dos gestores públicos são uma afronta ao país que vai pagar o PEC. (F.Madrinha)
*Vamos entrar numa nova leva e privatizações sem se pensar uma vez mais para que serve o Estado. (Ricardo Costa)

*O PEC devia listar sacrifícios rumo a um futuro risonho. Mas só lá estão os Sacrifícios (Ferreira leite)
*O Congresso trata o pobre Rangel como se fosse Einstein e Passos Coelho como se fosse a loira burra do PSD (Clara F. Alves)
* Fomos levados ao engano, porque a nossa imprensa, quase toda, vive à procura de sangue, escândalos, tragédias ou heróis. E porque, entre procurar a verdade da história além das aparências, esperar pelas investigações das autoridades sem antecipar conclusões, ou optar logo pela versão mais trágica e chocante, escolheu esta sem hesitar. (M.Sousa Tavares)

*A «lei da rolha» não lembra ao diabo mas lembrou a Santana, ainda às voltas com os seus fantasmas (F. Madrinha).
*Marcelo resiste a apoiar Rangel: «Alguém vai de preservar a unidade para o futuro» (Expresso)
*«Se alguém sabe de alguma suspeição contra mim, então que me diga na cara para eu me poder defender (P. Passos Coelho).

* O Bloco de Esquerda resiste à penalização dos seus militantaantes, até «por razões históricas e orgânicas», explica João Teixeira Lopes, dirigente do BE, recordando que o seu partido é uma coligação de várias tendências e que os militantes ainda ecordam com tristeza os episódios de afastamento dos dissidentes do PCP. (Ricardo J. Pinto).
*Por falar em rolhas, não devia haver uma lei para silenciar sindicalistas por uns meses? Gente pensava que o Mário Nogueira tinha ficado contente com o acordo que fez com Isabel Alçada. Mas não, ele voltou!» (Gente).
* Manuela Ferreira Leite não conseguiu ver aprovada aquela brilhante ideia de suspender a democracia por seis meses mas não se deixou vencer. Se não se convence o país, resta convencer o partido, ajudada pelo favor inesperado de Santana Lopes (Gente. Expresso, sob o título «Gente» tinha saudades do camarada Estaline.) Da nossa parte: seis meses não bastariam, pois só de 12 todos nós precisaríamos para por na ordem os partidos e os seus líderes, e as suas não-ideologias.

* Pacheco Pereira já encomendou a Amorim um camião de rolhas para a Marmeleira (Gente)
* O Primeiro Ministro é averiguado, os administradores são demitidos e julgados, as sucatas transformam-se num vértice político de incontornável significado, os bancos têm lucros, o desemprego aumente... (Ruben de Carvalho)
*BE quer ouvir os gestores da PT e da TVI, incluindo Cebrián. Pede ainda os documentos das viagens de Rui Pedro Soares a Madrid. (Rosa P. Lima)
* «Vamos estar lá para ver», disse Ricardo Rodrigues, que não tem dúvidas de que a comissão visa «atingir o primeiro ministro» e que promete contra-atacar caso os trabalhos resvalem para «denegrir, triturar e enxovalhar» a imagem de José Sócrates. (Rosa P. Lima).
* O governo começou o debate do PEC com argumentos de esquerda contra as deduções. Continuou com argumentos da direita liberal pelas privatizações. A meio desta semana já se socorria dos argumentos de Paulo Portas contra as prestações sociais. Se isto dura muito mais tempo ainda acabaremos a explicar a Sócrates que a culpa da crise não é dos imigrantes. (Daniel Oliveira)
* O deputado social-democrata considera que o ministro das Finanças achincalhou oa mais de quatro mil presidentes de Junta de Freguesia. (João Figueiredo protesta contra a frase «money for de boys» pronunciada pelo ministro Teixeira dos Santos quando já estava azucrinado com a voracidade dos presentes por mais euros).
* Ao meter o seu bedelho paquidérmico em todo o lado, o Estado acaba por esquecer as funções que deviam ser a sua prioridade: as polícias e as magistratu- ras. (Hemrique Raposo)
* Trichet insiste na flexibilidade salarial. Nota sobre as concepções avançadas do Governador do Banco Central Europeu sobre produtividade, situação do mercado laboral e competitividade.
* Apesar do mandato de Carrilho na Unesco só terminar em 2012, o governo português quer afastar aquela individualidade do lugar porque recusa cumprir ordem de Lisboa. Luis Amaral não prestou qualquer declaração sobre o assunto.
* Nobre Guedes, ex-ministro do Ambiente, perdeu mesmo a honra. O Supremo tribunal de Justiça não deu razão ao ex-ministro do Ambiente, Luis nobre Guedes. Este acusava o Expresso de «violação da honra» no caso do artigo «Co-icineração feita em segredo», que foi manchete do jornal em 24 de Dezembro de 2004.
* Clara Ferreira Alves, apreciadora de Jardim ou indiferente às suas bordalescas intervenções ao longo de 30 anos, mil vezes piores que aquela dos corninhos apontados aos deputados por um ministro da República no Continente, pareceu reconhecer a preparação para o bem e para o mal de Passos Coelho, mesmo ao procurar fazer o seu número final apresentando perdão àquele ilustre político, mas escreveu logo a seguir: Perdoar a Jardim, ele? A Jardim não se perdoa, Jardim é o único que pode perdoar. É Deus. Daí, o lapso, e espero que não tenha sido porque Jardim se fartou de cuspir sobre Pasos Coelho. (...) Estranhamente, o congresso e o partido, que precisam urgentemente de um vencedor, tratam Marcelo como se fosse César, tratam o pobe Rangel como se fosse Einstein e tratam Passos Coelho como se fosse a loura burra do PSD. Desculpem a apropriação. Sócrates deve divertir-se a ver isto com os amigos.